Número mínimo de alunos: 5
Idioma de oferecimento: Português
Horários/Salas:
Docentes:
- Marcia Cristina Das Dores Bandini
- Sergio Roberto De Lucca
Reservas:
Não possui reservas.
Forma de Contato:
- Telefone: +055 (19) 3521-8867
- E-mail: medicina@unicamp.br
Local dos Encontros:
Não possui local dos encontros.
Observação:
Ao longo do semestre, o programa da disciplina será desenvolvido semanalmente com atividades intercaladas, de acordo com o programa proposto a seguir.
Atividade teórica quinzenal (2h/semana): aulas dialogadas sobre os temas críticos relacionados aos aspectos psicossociais do trabalho e sua centralidade na determinação social da saúde mental de trabalhadoras e trabalhadores.
- Determinação social da saúde e o trabalho - para discutir a centralidade do trabalho no processo saúde-doença
- Isso é trabalho de gente? - para discutir as mudanças no mundo do trabalho e sua precarização
- Reforma sanitária como política pública – para discutir a criação do SUS e do campo da saúde do(a) trabalhador(a)
- Uma rede que não enreda? – problematização da criação e insuficiência da Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (Renast)
- Poder popular – uma revisão dos espaços de participação e controle social no campo da saúde do(a) trabalhador(a)
- O problema é meu, é seu, é nosso! – debate sobre a intersetorialidade no campo da saúde do(a) trabalhador(a), potencializando ou ameaçando direitos.
- Vigilância instituída e instituinte – um debate sobre a Vigilância em Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, formalmente instituída, e o papel dos movimentos sociais e sindicais para viabilizar uma vigilância participativa.
- E o Kiko? – construção coletiva sobre o papel de cada participante da disciplina na promoção de um trabalho digno e da saúde mental da trabalhadora e do trabalhador.
Seminário-debate: em semanas alternadas às atividades teóricas, são conduzidos seminários debatedores pautados por uma filmografia que dialoga com os objetivos da disciplina. Os filmes a seguir são sugeridos e podem ser modificados a pedido dos discentes e/ou considerando novos lançamentos de interesse para a disciplina.
- Tempos modernos (Dirigido por Charles Chaplin, 1936). Sinopse: Um operário de uma linha de montagem, que testou uma "máquina revolucionária" para evitar a hora do almoço, é levado à loucura pela "monotonia frenética" do seu trabalho. Após um longo período em um sanatório ele fica curado de sua crise nervosa, mas desempregado. Ele deixa o hospital para começar sua nova vida, mas encontra uma crise generalizada e equivocadamente é preso como um agitador comunista, que liderava uma marcha de operários em protesto. Simultaneamente uma jovem rouba comida para salvar suas irmãs famintas, que ainda são bem garotas. Mas o pior ainda está por vir.
- Eles não usam black tie (Dirigido por Leon Hirszman, 1981. Sinopse: Tião, jovem operário, namora Maria, colega de fábrica. Quando toma conhecimento de que ela está grávida, resolve marcar o casamento. Mas eclode uma greve, e Otávio, pai de Tião, veterano líder sindical, adere ao movimento mesmo contrariado. Ao participar dos piquetes em frente à fábrica, entra em choque com a polícia, é espancado e preso. O filho, indiferente ao drama do pai e dos colegas, fura a greve e credita à militância do pai a miséria em que sempre viveram, criando um conflito no interior da família.
- Os 33 (Dirigido por Patricia Riggen e Checco Varese, 2015). Sinopse: Um desmoronamento faz com que a única entrada e saída de uma mina seja lacrada, prendendo 33 mineradores a mais de 700 metros abaixo do nível do mar. Eles ficam em um lugar chamado refúgio e, liderados por Mario Sepúlveda (Antonio Banderas), precisam racionar o alimento disponível. Paralelamente, o Ministro da Energia Laurence Golborne (Rodrigo Santoro) faz o possível para conseguir que os mineiros sejam resgatados, enfrentando dificuldades técnicas e o próprio tempo.
- Carne e osso (Dirigido por Caio Cavechini, 2011). Sinopse: Trabalhadores de frigoríficos contam a dura realidade de sua rotina na indústria pecuarista. Em meio a turnos de trabalho longos e muito desrespeito às leis trabalhistas, o grupo revela como funciona a cadeia produtiva da carne: recordes absurdos para desossar e técnicas tão degradantes quanto doloridas para melhorar o desempenho são apenas alguns detalhes do risco envolvido na esteira refrigerada.
- Dois dias, uma noite (Dirigido por Jean-Pierre Dardenn e Luc Dardenne, 2015). Sinopse: Sandra (Marion Cotillard) perde seu emprego pois outros trabalhadores da fábrica preferiram receber um bônus ao invés de mantê-la na equipe. Ela descobre que alguns de seus colegas foram persuadidos a votar contra ela. Mas Sandra tem uma chance de reconquistá-lo. Ela e o marido (Fabrizio Rongione) têm uma tarefa complicada para o final de semana: eles devem visitar os colegas de trabalho e convencê-los a abrir mão de seus bônus, para que o casal possa manter o seu emprego.
- Indústria americana (Dirigido por Steven Bognar e Julia Reichert, 2020). Sinopse: Um bilionário chinês reabre uma fábrica e contrata dois mil operários dos EUA, mas o otimismo inicial não resiste ao conflito entre as mentalidades da China tecnológica e da mão de obra norte-americana.
- Gig economy (Dirigido por Carlos Juliano Barros, Caue Angeli e Maurício Monteiro Filho, 2019). Sinopse: O crescimento da economia alternativa, chamada de "GIG Economy", tem chamado cada vez mais a atenção da sociedade. Isso acontece devido às plataformas digitais em todo o mundo. No Brasil, esse processo também é conhecido como "Uberização", que consiste na prática do trabalho autônomo, porém, com condições precárias ao trabalhador. Os debates a respeito vêm crescendo a cada dia.
- Escolha da turma.
Atividade opcional: participação das reuniões mensais da Rede Margarida e dos eventos científicos (Canteiros). Atividade não obrigatória para a disciplina. Participação mediante certificado por evento.
Oficina de encerramento: encontro com atividades práticas e devolutiva sobre a contribuição da disciplina para a prática profissionais dos discentes.