Unicamp Diretoria Acadêmica

Oficina Autorregulação da Aprendizagem (Turma AM064B) Imprimir

Disciplina: AM064 - Oficina Autorregulação da Aprendizagem

Título do projeto: Oficina Autorregulação da Aprendizagem

Professor Responsável pelo projeto: Profª. Soely Aparecida Jorge Polydoro – matrícula: 283077

Corresponsável pelo projeto: 

Número de Vagas: 

Data, hora e local das reuniões semanais para as Turmas que desenvolverão temas através de exposição e debates: 

Formas de contato:

Título do projeto de atividades ou do tema de exposições e debates: 

Exposição e Debates: Aprendizagem na universidade.

Esta disciplina constitui-se por uma intervenção em autorregulação da  aprendizagem voltada a estudantes provenientes dos cursos de ensino  superior oferecidos na Unicamp (graduação e ProFIS). Tem sido  desenvolvida desde 2013 como uma parceria de docente da Faculdade de  Educação, vinculado ao grupo de pesquisa Psicologia e Educação Superior  (PES) e o setor de Orientação Educacional do Serviço de Apoio ao  Estudante.

Na disciplina são discutidos os seguintes temas: integração ao ensino  superior; estabelecimento de objetivos; estratégias de aprendizagem;  gerenciamento do tempo, memória; processo de autorregulação da  aprendizagem; resolução de problemas; estudo diário e estudo para  avaliação; ansiedade frente às provas; e autoavaliação.

Breve descrição da dinâmica de desenvolvimento do projeto de atividades ou dos temas de exposição e debates:

Propõe-se a realização encontros com alunos com o objetivo de apoiar o  estudante no aprimoramento de seu processo de estudar e aprender, tendo  como princípio norteador o processo de autorregulação de aprendizagem,  que se centra na possibilidade de o aluno gerenciar aspectos cognitivos,  motivacionais, comportamentais e ambientais para o alcance de suas  metas acadêmicas.

Elegeu-se o programa Cartas do Gervásio ao seu Umbigo (Rosário et al.  2006) para fundamentar as discussões na disciplina. Esse Programa foi  escolhido tendo em vista que sua fundamentação teórica também era a  adotada pelo Grupo de Pesquisa; a característica atrativa do material  com uso de narrativa e aplicação de atividades; e os resultados  positivos alcançados em pesquisas empíricas realizadas em diferentes  instituições e países (Rosário et al, 2005; Pina et al., 2006; Solano  2006; Rosário et al. 2007; Pina, Rosário e Tejada, 2008; Magalhães,  2009; Nunes, 2009; Rosário et al., 2010a; Rosário et al., 2010b; Rosário  et al., 2010c; Cerezo, 2011; Núñez et al., 2011, Rosário, Fuentes,  Beuchat, Ramaciotti, 2016; Rueda, 2016; Rosário et al., 2017); e também  no Brasil (Rosário; et al 2012; Freitas, 2013; Fantinel, Angelo, Angelo,  Lima, Maroschini, 2013, Rosário & Polydoro, 2014, Fernandes,  Frison, 2015, Otutumi, 2015; Polydoro, Pelissoni, Carmo, Emilio, Dantas e  Rosário, 2015, Pelissoni, 2016).

Cada encontro presencial inclui: atividade de aquecimento, leitura de  uma das cartas, discussão de uma temática com uso de dinâmica de grupo e  síntese do tema tratado. As atividades online (Moodle) visam a  aplicação de cada uma das temáticas discutidas nos encontros presencias  no cotidiano acadêmico dos estudantes. Antes do encontro seguinte os  estudantes recebem feedbacks individuais em que são indicados pontos de  reflexão e sugestões de estratégias para o seu processo de estudar. O  feedback individualizado é um dos grandes diferencias deste tipo de  atividade muitos dos estudantes relatam que se sentem-se satisfeitos ao  perceberem que alguém leu e respondeu a atividade realizada, e que, mais  do que isto, que o ajudou a aprimorar seu processo de autorregulação da  aprendizagem. Ressalta-se que o ambiente virtual também oferece  possibilidade da troca de mensagens com outros alunos e com a equipe  responsável pela intervenção; acesso a materiais complementares (textos,  vídeos); e participação em fóruns e enquetes.

Breve descrição do tipo de participação esperada do estudante:

Participação ativa em dinâmicas, leituras e atividades reflexivas sobre  o processo de aprender e estudar; além de exercícios práticos que serão  realizados em sala e com uso das tecnologias da informação (Moodle).

A cada semestre é enviado um e-mail institucional a todos os estudantes  com a divulgação da disciplina. Até o ano de 2016, 1135 se inscreveram  na disciplina, sendo 52% de cursos da área de ciências exatas,  tecnológicas e da terra, 19,3% de cursos da área de ciências humanas,  17,3% do ProFIS, 9,1% de cursos da área de ciências biológicas e da  saúde 2,3% de cursos da área de artes. Devido aos limites dos recursos  disponíveis, em especial os recursos humanos, houve a necessidade de  aplicar um critério de seleção. Nesse sentido, foi dado prioridade para  alunos com menor coeficiente de progressão e menor coeficiente de  rendimento acadêmico. Participaram integralmente da disciplina, até o  final de 2016, 513 estudantes. Entre esse grupo a maior concentração foi  de alunos de cursos da área de ciências exatas, tecnológicas e da terra  (47%), seguidos dos estudantes do ProFIS (20%), dos cursos de Ciências  Humanas (18%), dos cursos de Ciências Biológicas e da saúde (10%) e dos  cursos da área de Artes (5%).

Requisitos exigidos dos estudantes para participação no projeto:

Não há pré-requisito, mas será dada prioridade de matrícula aos alunos  que tiverem menor coeficiente de progressão (CP) e menor coeficiente de  rendimento (CR) para que seja possível atender estudantes no início da  formação e com indicadores de dificuldades acadêmicas.

Breve descrição da forma de avaliação a ser adotada:

A avaliação será feita considerando o mínimo 75% de frequência às aulas  e entrega das atividades orientadas, no prazo estabelecido, conforme  escala que segue:

1 ou 2 atividades – 1,0;

 3 ou 4 atividades – 2,0; 

5 ou 6 atividades – 3,0; 

7 ou 8 atividades – 4,0; 

9 atividades – 5,0; 

10 atividades – 6,0; 

11 atividades – 7,0; 

12 atividades – 8,0; 

13 atividades – 9,0; 

14 atividades – 10,0

A nota média para aprovação é igual ou maior que 5,0. Não haverá exame final.

Nas avaliações qualitativas sobre a disciplina, os estudantes relatam  que as atividades realizadas foram pertinentes e importantes para a  autorreflexão sobre o próprio estudar, a compreensão sobre o aprender e  para a prática das estratégias discutidas. E ainda, que as atividades  propostas auxiliaram a refletir e conhecer melhor as próprias  dificuldades, expressar os seus sentimentos e pensamentos sobre cada  temática discutida, fixar conceitos e rever o conteúdo tratado, bem como  possibilitaram sua aplicação em outras disciplinas e a modificação da  forma de estudar (Polydoro et al, 2015).

Em síntese, a disciplina eletiva tem se mostrado capaz de sensibilizar  os participantes de modo a refletirem sobre seu papel de protagonista  para a própria formação acadêmica, independente da área do curso em que  estavam (Polydoro et al, 2015; Pelissoni, 2016), sendo uma importante  ação para aprimoramento do processo de aprendizagem no contexto  universitário, mas também no profissional e pessoal.


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